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14 de junho de 2012

AS PORTAS DA AUTONOMIA



Se você encontrar uma porta à sua frente, poderá abri-la ou não.
Se você abrir a porta, poderá ou não entrar em uma nova sala.
Para entrar, você vai ter que vencer a dúvida, o titubeio ou o medo.
Se você venceu, você deu um grande passo: nesta sala vive-se.
Mas tem um preço: são inúmeras as outras portas que
você descobre.
O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta.
A vida não é rigorosa: ela proporciona erros e acertos.
Os erros podem ser transformados em acertos, quando, com eles,
se aprende.
Não existe a segurança do acerto eterno.
A vida é generosa: a cada sala que vive, descobre-se outras tantas portas.
A vida enriquece a quem se arrisca a abrir novas portas.
Ela privilegia quem descobre seus segredos, e generosamente
oferece afortunadas portas.
Mas a vida também pode ser dura e severa: se você não ultrapassar
a porta, terá sempre a mesma porta pela frente.
É a repetição perante a criação.
É a monotonia cromática perante o arco-íris.
É a estagnação da vida.
Para a vida, as portas não são obstáculos...
São apenas diferentes passagens.
(Içami Tiba)